O inverno começou com uma sopa de lentilhas com costelinhas defumadas - porque me lembrava um primo querido. Continuou com um caldo verde à minha moda - porque meu compadre gosta, pediu para mim e minha afilhada elogiou (sempre que quiserem estou às ordens, ok?). A sopa de grão de bico com harissa me remeteu ao Marrocos instantaneamente - vontade de voltar para este lugar. E a sopa de milho verde com endro que inventei, pois achei que os sabores iriam combinar, e não é que ficou ótimo?
Nesta sequência vieram as duas versões de sopa de feijão - a de minha mãe, com o feijão batido no liquidificador e coado, com macarrãozinho e sem carne - e a minha, com os grãos inteiros, legumes e paio, super light (não mesmo...). O capeletti in brodo foi servido na casa de uma amiga querida, e o compadre que gosta de caldo verde lá estava e disse ter sido o melhor que tomou até hoje - orgulho...
Um caldo espesso de carne (músculo, no caso) e os legumes da geladeira, mais quinoa e um monte de cebolinhas me levantou de uma gripe heavy-metal. O creme de abóbora com gengibre e sálvia fez bonito como entrada, num jantar no GabineteD. Ainda não fiz a bouillabaisse, porque a receita é um tanto imprecisa - começa com "pegue um fundo de rede de peixes..."-onde é que eu vou arranjar isto? A sopa de tomates assados estava tão boa que quase tomei na manhã seguinte, com um pouco de vodka - daria um Bloody Mary muito particular. Ainda quero fazer o borscht do jeito que tomei no EAT em NY, um lugar que o Eduardo adora e que repete inúmeras vezes sempre que lá estamos. E o caldinho de peixe igual à um restaurante de Recife de nome insólito - Casa de Banhos.Mas hoje à noite fui de mingau, que serve-se nm prato fundo, toma-se de colher e é quente. E aquece o corpo e o espírito - portanto, pode entrar na categoria das sopas, não?
(nota importante - pego emprestado o título de um livro que adoro, e o subverto...muita audácia de minha parte, perdão Nina Horta!)



