Uma das obras que mais admiro de Matisse, um artista pelo qual sou apaixonado (junto aos estudos e recortes dos vitrais que estão na National Gallery) chama-se The Swimming Pool.
Uma colagem em papel kraft, papel recortado e gouache, que ele fez para a própria casa. Me imagino falando com ele, dizendo ser esta a minha obra preferida deste imenso artista, e ele retrucando - "pintei quadros magníficos, transformei o cenário da pintura, retratei meu atelier com detalhes e você gosta de um quadro que só tem uma cor e é de papel recortado?"
Senti isto na pele outro dia, em casa. A pessoa que vos escreve se esforça, capricha, coloca toda energia para fazer um prato principal - um pernil quase pterodáctilo de tão grande, que ficou doze horas marinando, sete horas assando em forno médio, continuamente regado, provocando queimaduras na mão direita, suou frente ao forno durante horas, e é elogiada de forma quase burocrática. Mas neste ínterim decidiu de última hora fazer um prato vegetariano para um dos convidados, e as pessoas entoam um "OOOHHHH!" de maravilhados. Fiz um quibe de abóbora, prosaico, mas acho que foi feito com cuidado especial, em virtude de ser oferecido a um grande amigo, outro imenso artista plástico e de paladar bastante apurado. Do pernil pré-histórico ainda resta um pacote dele desfiado, no freezer, aguardando nova transformação (vi uma torta de pernil hoje no Instagram, que me animou bastante - e amanhã é feriado, será que encaro isto ou vou passar o dia fazendo nada à beira da piscina?).Mas do quibe - sobrou um tiquinho que comi no dia seguinte. E estava realmente...Wow!Uma receita prática, e deliciosa. Gosto não se discute mesmo...
Quibe de abóbora
800 gramas de abóbora
400 gramas de trigo para quibe
1 cebola cortada em cubinhos
1 alho poró cortado em fatias finas
um maço de hortelã
1 xícara de nozes picadas
1/2 xícara de amêndoas em lâminas
400 gramas de queijo de cabra
azeite
sal
pimenta do reino
Faça uma infusão com 5 / 6 galhos de hortelã e um litro de água, espere esfriar e coloque o trigo para demolhar. Aguarde meia hora, coa e esprema até sair toda a água.
Asse a abóbora picada em pedaços médios embalada em papel alumínio, a 220° por 40 minutos. Tire da embalagem, amasse grosseiramente. Refogue a cebola em azeite até ficar transparente, adicione a abóbora, espere esfriar um pouco. Incorpore a abóbora amassada com o trigo já espremido, acrescente uma xícara de hortelã picada, sal e pimenta do reino. Reserve. Refogue o alho poró em azeite, adicione as amêndoas, reserve. Misture o queijo grosseiramente com as nozes, reserve.
Em uma forma refratária untada com azeite, coloque metade da mistura do quibe, cubra com o queijo com nozes, espalhe o alho poró com as amêndoas, e complete com o resto do quibe. Corte losangos ou retângulos sobre a superfície, passe um fio de azeite e leve ao forno a 240° por 20 minutos.
Uma colagem em papel kraft, papel recortado e gouache, que ele fez para a própria casa. Me imagino falando com ele, dizendo ser esta a minha obra preferida deste imenso artista, e ele retrucando - "pintei quadros magníficos, transformei o cenário da pintura, retratei meu atelier com detalhes e você gosta de um quadro que só tem uma cor e é de papel recortado?"
Senti isto na pele outro dia, em casa. A pessoa que vos escreve se esforça, capricha, coloca toda energia para fazer um prato principal - um pernil quase pterodáctilo de tão grande, que ficou doze horas marinando, sete horas assando em forno médio, continuamente regado, provocando queimaduras na mão direita, suou frente ao forno durante horas, e é elogiada de forma quase burocrática. Mas neste ínterim decidiu de última hora fazer um prato vegetariano para um dos convidados, e as pessoas entoam um "OOOHHHH!" de maravilhados. Fiz um quibe de abóbora, prosaico, mas acho que foi feito com cuidado especial, em virtude de ser oferecido a um grande amigo, outro imenso artista plástico e de paladar bastante apurado. Do pernil pré-histórico ainda resta um pacote dele desfiado, no freezer, aguardando nova transformação (vi uma torta de pernil hoje no Instagram, que me animou bastante - e amanhã é feriado, será que encaro isto ou vou passar o dia fazendo nada à beira da piscina?).Mas do quibe - sobrou um tiquinho que comi no dia seguinte. E estava realmente...Wow!Uma receita prática, e deliciosa. Gosto não se discute mesmo...
Quibe de abóbora
800 gramas de abóbora
400 gramas de trigo para quibe
1 cebola cortada em cubinhos
1 alho poró cortado em fatias finas
um maço de hortelã
1 xícara de nozes picadas
1/2 xícara de amêndoas em lâminas
400 gramas de queijo de cabra
azeite
sal
pimenta do reino
Faça uma infusão com 5 / 6 galhos de hortelã e um litro de água, espere esfriar e coloque o trigo para demolhar. Aguarde meia hora, coa e esprema até sair toda a água.
Asse a abóbora picada em pedaços médios embalada em papel alumínio, a 220° por 40 minutos. Tire da embalagem, amasse grosseiramente. Refogue a cebola em azeite até ficar transparente, adicione a abóbora, espere esfriar um pouco. Incorpore a abóbora amassada com o trigo já espremido, acrescente uma xícara de hortelã picada, sal e pimenta do reino. Reserve. Refogue o alho poró em azeite, adicione as amêndoas, reserve. Misture o queijo grosseiramente com as nozes, reserve.
Em uma forma refratária untada com azeite, coloque metade da mistura do quibe, cubra com o queijo com nozes, espalhe o alho poró com as amêndoas, e complete com o resto do quibe. Corte losangos ou retângulos sobre a superfície, passe um fio de azeite e leve ao forno a 240° por 20 minutos.
adoro quibe e sou ortodoxo qto a este prato mas, sua sugestão me pareceu interessante ...
ResponderExcluirDelícia de receita, mas não menospreze seu suíno pré-histórico, pois, dado o relato, fiquei louca para experimentar.E o que falaram dele?
ResponderExcluirAgora, cá pra nós, a Swimming pool de Matisse é demais, pela delicadeza, pelo contraste das cores. A propósito, na imagem em que aparece a iguaria que provocou " gritos e sussurros", a cor é similar à cor do fundo da obra de Matisse. Estaria vc encarnando o próprio?
Bjk
Mia
Wair, passe esse recadinho para @edufmachado, a próposito do q postou no insta e só vi neste week-end
Excluir"Se minha casa é escura... não sei. Mas q eu gosto eu gosto"...
Pela mostra, eu diria que o escuro é visível e o bom gosto também. Nesta
circunstância, claridade pra que?
Bjk nos varões das trevas, rs
Mia
Recado passado. Mas este post do Eduardo foi uma resposta a um neófito que vitimava paredes escuras...
Excluirbjs!!!
Ó, Senhor!! Lá vou eu para mais um episódio : Na cozinha com Wair!! Ainda bem que é receita veggie!! bjs
ResponderExcluirWair:
ResponderExcluirFineza em pessoa vc...eu acho..rs
Linda semana. Beijo.
não conhecia nem este matisse, nem o quibe de abóbora...amei os dois.
ResponderExcluirbeijos
lia